Secretaria de Desestatização conclui extinção da Casemg

18 de novembro de 2020 às 0h18

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A Casemg manteve armazéns e silos em 126 municípios do Estado | Crédito: Arquivo DC

Daniel Vilela

O Ministério da Economia informou, ontem, a extinção da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg). O processo de liquidação durou dois meses e foi conduzido pela Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados. A dissolução e liquidação da empresa haviam sido autorizadas em outubro de 2018.

Entre 2017 e 2020, considerando as despesas administrativas e os custos de operação, a média anual de gastos da Casemg foi de R$ 19 milhões. No período de 2011 a 2016, a companhia teve uma despesa de R$ 16,8 milhões para os cofres da União. Em 2019, o custo com pessoal e encargos foi de R$ 8,8 milhões, cifra que corresponde a 44,2% do total de despesas da estatal. De janeiro a junho deste ano, esses mesmos custos chegaram a representar quase 60% dos recursos consumidos
pela empresa.

Em 2019, a Casemg gerou uma receita de R$ 13,6 milhões com vendas de serviços e mercadorias. Em 2020, a receita gerada pelas mesmas vendas não ultrapassou os R$ 2 milhões. Em setembro deste ano, a Casemg informou um patrimônio ativo circulante de R$ 12,4 milhões e de R$ 16,5 milhões em ativos não circulantes.

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, afirmou que a Casemg não mais exercia uma função de entrega de serviços públicos relevantes. “E quando o setor privado não tem interesse em absorver a atividade, seja porque ela não é economicamente viável, seja porque a empresa já atingiu um grau de insolvência que a faz incapaz de retomar qualquer atividade, a orientação é de liquidação da empresa devido ao seu valor de mercado negativo”, complementou o secretário.

Segundo a Casemg, a execução do plano de trabalho para a liquidação da estatal custou cerca de R$ 2,9 milhões. Já as indenizações geradas pelas demissões de colaboradores tiveram um custo estimado de aproximadamente R$ 5,8 milhões. Ao todo, o desembolso para a execução da liquidação da companhia foi de R$ 35,2 milhões.

Histórico – A companhia foi fundada em 1957, através de uma lei estadual sancionada pelo então governador José Francisco Bias Fortes. Criada como uma Sociedade de Economia Mista, a Casemg passou a atender à demanda gerada pela falta de locais para armazenamento de produtos agrícolas em Minas Gerais. A empresa chegou a ter unidades em 126 municípios do Estado.

Em setembro de 2000, a companhia foi federalizada como entidade integrante da Administração Pública Indireta da União, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na época, a empresa contava com uma capacidade estática superior a 520 mil toneladas, que representava 16% da rede efetiva de armazenamento de Minas Gerais.

Serviços devem impulsionar emprego em 2021

Brasília – O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou ontem que o emprego vai crescer em 2021 puxado pelo setor de serviços. Sachsida destacou que ainda existem  R$ 110 bilhões de recursos a serem injetados na economia por meio do restante de pagamentos do auxílio emergencial e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“O emprego vai crescer em 2021. Os dados são muito claros: o grosso do desemprego está vindo do setor informal. À medida que o setor de serviços retoma, rapidamente volta a contratar, à medida que o distanciamento social diminui, rapidamente tem a contração de informais”, disse Sachsida, em entrevista coletiva virtual para apresentar o boletim MacroFiscal da secretaria.

Sachsida disse ainda que o governo tem trabalhado para reduzir os custos da contratação formal. De acordo com o secretário, para cada R$ 1 mil pago em salários, o empregador tem custos de R$ 1,8 mil. “Quer dizer que o trabalhador recebe pouco, e empresário paga muito. Enquanto sociedade, vamos ter que endereçar essa questão. Há várias frentes para diminuir a burocracia, o custo de contração no Brasil”.

Ele ressaltou que é preciso fazer escolhas, como dar aos trabalhadores o direito de escolher se querem trabalhar no domingo à noite, por exemplo. “Vamos ter que devolver ao trabalhador o seu inalienável direito de escolher para quem e quando trabalhar. Se ele quer trabalhar, deixa ele em paz”, argumentou. (ABr)

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