Taiobeiras já reúne mais de 100 confecções de lingerie

27 de julho de 2018

O município de Taiobeiras, no Norte de Minas, está se transformando em um polo de confecção de lingerie. A cidade, de aproximadamente 33 mil habitantes, conta com 107 microempresas do setor, gera cerca de 400 empregos diretos e pretende ser destaque na indústria têxtil nacional. Para isso, a Associação de Moda Íntima e Praia de Taiobeiras (Amip) criou um selo de qualidade que vai identificar as peças produzidas na cidade. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Taiobeiras, Jaime Uilson Lopes, o lançamento do selo representa não somente a padronização e a garantia da qualidade dos produtos, mas também a união das empresas em busca de um maior desenvolvimento dos negócios. Isso porque, segundo ele, irá permitir também a redução dos custos com compra de matéria-prima e a maior otimização da comercialização das peças. “Este é o primeiro passo para levar o nome de Taiobeiras a todo o País. A parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) vai permitir ganhos às confecções, o que, sozinhas, não seria possível. Elas terão diferenciais em posicionamento de mercado, inovação, tecnologia e venda”, destacou. Lopes se refere ao Programa de Branding que a Federação desenvolveu, por meio do Programa de Competitividade Industrial Regional (Pcir) em parceria com a própria Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade para o setor de confecção de têxtil de moda íntima do município. O projeto contou com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-Minas) e teve início em outubro do ano passado. Desde então, promoveu diversas ações como reuniões, entrevistas individuais, realização de diagnóstico, planejamento estratégico, benchmarking (os participantes do programa visitaram a cidade de Juruaia, outro polo de lingerie mineiro), ações sobre governança, entre outras. “As estratégias foram pensadas de maneira que contribuíssem com o aumento da competitividade dos negócios, alavancando os níveis de comercialização e o número de empregos gerados no município”, explicou o secretário. Mulher empreendedora – Após o lançamento, de acordo com a presidente da Amip, Laís Alves Rodrigues, a ideia é aprimorar o posicionamento de marca, construir e aumentar seu valor intangível e, principalmente, fortalecer a mulher empreendedora do município. Segundo ela, quase a totalidade das empresas de moda íntima da região (96%) é comandada por mulheres. “Muitas começaram a produzir as peças informalmente, como uma fonte de renda extra ou para ficar mais perto da família”, disse. Segundo Laís Rodrigues, a maioria ainda é de origem familiar e funciona na residência das proprietárias, mas todas possuem grande potencial de crescimento. Produção – Para se ter uma ideia, em 2013 o polo contava com 80 empresas que fabricavam, em média, 120 conjuntos de calcinhas e soutiens por dia, totalizando aproximadamente 3 mil peças por mês. Assim, 240 mil conjuntos eram feitos pelo polo da cidade mensalmente. E o potencial é grande para crescer. De acordo com a Amip, a maior parte da produção – que além dos conjuntos conta com pijamas, camisolas e cuecas – é destinada a Montes Claros, mas alguns itens chegam a outros estados, como Bahia e São Paulo. Em relação às exportações, a presidente da associação explicou que ainda não estão no foco das empresas. “Queremos fortalecer o polo, conquistar novos mercados no Brasil e somente depois partir para outros países”, finalizou.

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