Vendas de novos e usados crescem na capital mineira

1 de setembro de 2018 às 0h05

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No Estado, o segmento de novos cresceu 7,2% no primeiro semestre; o de usados teve alta de até 20% em algumas concessionárias - CREDITO:ALISSON J. SILVA

Com resultados positivos durante o primeiro semestre de 2018, representantes das concessionárias de Belo Horizonte têm expectativas positivas para as vendas de veículos novos nos próximos seis meses do ano. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que as vendas de automóveis novos em Minas Gerais cresceram 7,2% no primeiro semestre de 2018 se comparado com o mesmo período de 2017. Responsável por 60,5% das vendas no Estado, a Capital registrou aumento de 7,9% na mesma base comparativa.

Puxado principalmente pelas vendas do segundo trimestre, o desempenho da Strada Fiat no primeiro semestre do ano foi 15% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo o gerente de vendas de varejo da concessionária, Leôncio Corrêa de Faria. “Julho foi um dos melhores meses para nós até agora, pela estabilidade econômica. Nosso início de ano foi bem semelhante ao de 2017 e o período que impulsionou as vendas foi o segundo trimestre”, explicou.

Com o crescimento dos últimos três meses mantido em agosto, a meta para o ano é crescer 20% em vendas na comparação com 2017. Além disso, Faria destaca que a expectativa é de que o segundo semestre registre crescimento de 20% a 30% em relação ao mesmo período do ano anterior para manter o crescimento anual. “Os balanços realizados até o momento indicam que vamos seguir um movimento comum nos últimos anos de um segundo semestre melhor que o primeiro”, afirmou.

Para o gerente de vendas da Jorlan, localizada na avenida Pedro II, Daniel Augusto Tavares, a loja tem uma média de vendas que acompanha o mercado, com faturamento dentro do esperado. O primeiro semestre de 2018 apresentou um aumento no faturamento de aproximadamente 14% na comparação com o ano passado, com manutenção das vendas.

A perspectiva também é otimista para o segundo semestre, com meta de crescer 16% no período, se comparado a 2017. “O mercado automotivo não sofre muitas variações com as eleições. A Copa do Mundo, por exemplo, teve um impacto negativo mais relevante. Vamos buscar um crescimento ainda maior no segundo semestre”, ressaltou Tavares.

Mercado competitivo – O gerente comercial da concessionária Pisa Ford, Antônio Longuinho, pontuou que, apesar de um aumento de 13% nas vendas do varejo no primeiro semestre em relação ao ano anterior, os seis primeiros meses de 2018 foram difíceis, com pressão das montadoras e muita oferta de produtos em um mercado bastante competitivo.

As expectativas são de um segundo semestre melhor do que o primeiro, com previsão de crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para o ano, o crescimento esperado é de 16% a 17% e, em agosto deste ano, a concessionária registrou aumento de 21% nas vendas em relação ao mesmo mês de 2017.

“O mês de junho, além da Copa do Mundo, também sofreu com reflexos da paralisação dos caminhoneiros. Por isso, julho apresentou um resultado atípico, que compensou as perdas do mês imediatamente anterior. Ainda assim, apesar das eleições, esperamos um semestre bem melhor do que o início do ano”, destacou.

Usados – Seguindo a tendência dos veículos novos, os usados mantiveram bons resultados de vendas na Pisa Ford durante o primeiro semestre de 2018. Segundo Antônio Longuinho, o aumento foi de 15% a 20% em relação ao mesmo período ano passado.

Uma menor procura por carros novos, devido a restrições financeiras, leva os consumidores a tentarem trocar seus veículos usados com mais frequência o que, na avaliação de Longuinho, aquece o mercado dos usados.

“A venda de usados não é maior porque às vezes faltam produtos e a nossa expectativa para os próximos meses é muito boa. Sem condição de comprar um carro zero, as pessoas buscam trocar o carro usado por modelos mais novos em um espaço de tempo menor”, confirmou.

A venda de veículos usados na Strada Fiat apresentou crescimento médio de 14% em relação ao ano passado, de acordo com o gerente de vendas de usados, Bruno Augusto Nunes Machado. “Consideramos que nosso desempenho, acima da média nacional, foi bom principalmente em função dos cenários apresentados no País”, disse.

Com a meta de aumentar o número de vendas mensais de 80 veículos em média para 100 veículos por mês, a perspectiva de Machado segue uma tendência histórica de resultados melhores no segundo semestre em relação ao primeiro.

“O dinheiro que gira no final do ano, fruto do pagamento do 13º salário e do recebimento de participação nos lucros, por exemplo, faz com que as pessoas tenham uma tendência maior a trocar de carro. Por isso, já estamos em fase de execução de um planejamento para aumentar o número médio de veículos vendidos por mês”, explicou Machado.

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