Abertura de empresas no País foi recorde em janeiro

28 de abril de 2020 às 0h12

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Crédito: Alisson J. Silva / Arquivo DC

São Paulo – O Brasil bateu o recorde de abertura de empresas em janeiro, antes da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), divulgou ontem a Serasa Experian.

Segundo o levantamento, foram registrados 320,5 mil novos empreendimentos no País no primeiro mês de 2020, uma alta de 21,7% sobre um ano antes, o recorde até então. Frente a dezembro, o crescimento foi de 73,6%.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a expansão em janeiro refletiu a maior necessidade das pessoas de gerar renda em um período econômico de crescimento abaixo do esperado.

“Há uma demanda maior de novos negócios no início do ano, uma tendência natural pela queda da atividade durante as festas de fim de ano. Mas este ano ainda tivemos um alto nível de desemprego, o que fez as pessoas abrirem negócios e se formalizarem para terem recursos financeiros”, afirmou.

Segundo a instituição, a categoria de sociedades limitadas liderou o movimento, com aumento de 78,8% no período. Mas o grupo de microempreendedores individuais (MEIs) seguiu como maioria, representando 80,6% do total de novos negócios.

A região Norte se destaca entre as demais, com o maior crescimento no número de novas empresas desde março de 2019. No primeiro mês deste ano, a variação foi de 33,0% na relação com janeiro do ano passado, com mais de 15 mil negócios abertos. O Centro-Oeste aparece na sequência, com 25,6% de aumento. Entre os estados, Amazonas lidera o indicador, com alta de 56,4% no comparativo entre janeiro de 2020 e 2019.

Em janeiro deste ano houve crescimento de novas empresas em todos os segmentos, com destaque para serviços (24,7%). A área representa 69,3% do total de negócios abertos no mês, bem acima do comércio (22,1%) e indústria (7,3%).

Novo cenário – Com a paralisação de setores, a partir de meados de março, devido ao distanciamento social para tentar conter a pandemia os novos empreendimentos devem ter desafios extras, avaliou Rabi. “Empresas recém-criadas, principalmente os pequenos negócios que contam com pouco capital de giro, são mais sensíveis a queda do faturamento e devem enfrentar dificuldades para manter o equilíbrio financeiro”, afirmou o economista.

Apesar de governos federal e regionais e bancos virem anunciando várias medidas nas últimas semanas para ajudar os pequenos negócios, como adiamento para pagamento de empréstimos e concessão de novas linhas de crédito, entidades ligadas ao setor têm dito que o sistema financeiro está negando recursos novos para a maioria delas. (Reuters)

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