Mesmo diante da crise imposta pelo novo coronavírus (Covid-19) e os impactos diretos causados no sistema privado de educação, a Maple Bear, escola canadense de ensino bilíngue, mantém o plano de expansão da rede no Brasil.
Ao todo, serão abertas 90 escolas no País, das quais 14 em Minas Gerais, sob investimentos de cerca de R$ 20 milhões apenas no Estado. Em âmbito nacional os aportes podem chegar a R$ 180 milhões nas unidades que entrarão em operação até 2022.
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As informações são do diretor de franquias da Maple Bear, Adriano Magalhães. Segundo ele, com a suspensão das aulas presenciais em praticamente em todo o País, a rede renegociou contratos com os franqueados de maneira a ampliar o prazo de implantação das unidades. Assim, as escolas seguem em processo de implantação, seguindo todos os processos legais e burocráticos de cada região, mas somente deverão iniciar as atividades, de fato, no ano que vem.
“Por conta da instabilidade preferimos esperar uma recuperação mais sólida da economia e uma reação dos diversos setores no Brasil, o que não acreditamos que vá ocorrer no curto prazo. Assim, muitas destas escolas que estavam previstas para este exercício só vão realizar matriculas em 2021 para iniciarem as aulas em 2022. Este é o processo mais sensato e mais adequado neste momento e vislumbra o nascimento sólido e forte das unidades”, justificou.
Atualmente, a rede conta com 145 escolas e mais de 30 mil alunos em todo o País. Em Minas, são 10 unidades em operação, em Belo Horizonte, Contagem, Itabira, Juiz de Fora, Montes Claros, Nova Lima, Pouso Alegre, Uberaba e Uberlândia, com cerca de 1.500 alunos nos ensinos Infantil, Fundamental e Médio.
As 14 que serão abertas no Estado deverão gerar aproximadamente 700 empregos diretos e, conforme o diretor, nas próximas semanas, representantes da franqueadora irão se reunir virtualmente com investidores locais interessados em abrir uma unidade Maple Bear nos municípios de Divinópolis, Sete Lagoas, Araxá, Conselheiro Lafaiete, Varginha, Lavras, Patos de Minas, Itajubá, Barbacena, Passos, Timóteo, Santa Luzia, Araguari e Teófilo Otoni.
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Para a escolha das regiões, conforme Magalhães, além de população e renda, traços comuns na área de educação, foram levados em conta também o perfil das redes de ensino, como a concentração de escolas de métodos tradicionais conteudistas e carência no bilinguismo genuíno.
“Até o momento, identificamos apenas escolas que oferecem a segunda língua no contraturno, mas a proposta da Maple Bear é muito mais profunda. Em nosso programa, os três primeiros anos são ministrados 100% em inglês e, nos anos seguintes, 50% das aulas. Com isso, o aluno desenvolve uma fluência muito rapidamente. Soma-se a isso uma metodologia na qual o aluno é protagonista no processo de aprendizagem, cujo foco se dá no desenvolvimento de suas habilidades, em detrimento da memorização inerente ao método de escolas tradicionais. Formamos um cidadão muito mais preparado para um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, competitivo e globalizado”, destacou.
Em relação ao desempenho deste exercício, o diretor informou que estava sendo aguardado um incremento de cerca de 20% no faturamento, considerando as novas unidades. Com a mudança de estratégia em função da pandemia, agora estima-se alta de 10% a 15%, como vem ocorrendo nos últimos anos. A rede fatura anualmente cerca de R$ 700 milhões.
A Maple Bear chegou ao Brasil em 2006 e foi adquirida em 2017 pelo grupo SEB – um dos líderes no mercado de ensino privado no País. A operação brasileira é a mais bem-sucedida mundialmente, mas a marca também está presente em outros países, com cerca de 450 escolas pelo mundo, evidenciando uma trajetória e estrutura consolidadas.