Semana Santa deve render fôlego ao setor

13 de abril de 2019 às 0h06

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Créditos: Divulgação

O feriado da Semana Santa é uma oportunidade aguardada por muitos brasileiros para viajar e curtir o merecido descanso. E muita gente escolhe o interior mineiro para isso, especialmente as cidades históricas e aquelas que guardam a tradição religiosa. Destinos românticos e próximos à natureza também costumam ser beneficiados.

Por isso os hoteleiros esperam o período – que neste ano ficou bem longe do fim das férias de verão – com ansiedade. Em Santana dos Montes, na região Central, o Hotel Fazenda Fonte Limpa está com tudo pronto. Seus 22 quartos já estão reservados. A propriedade do século 18 passou por um minucioso trabalho de restauração que durou quase 20 anos.

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De acordo com o proprietário da fazenda, Bruno Nogueira, os últimos anos desaceleraram o processo de crescimento do hotel, mas 2019 já ensaia recuperação.

“Até 2015, estávamos crescendo muito e a crise acabou colocando freio nisso. Agora já estamos retomando, tanto que abrimos mais dois quartos e aumentamos o número de colaboradores na mesma proporção, 10%”, explica Nogueira.

Na charmosa Monte Verde, distrito de Camanducaia, no Sul de Minas, a expectativa é igualmente otimista. Na Pousada Spa Mirante da Colyna praticamente não existem mais vagas.

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Segundo o sócio proprietário do empreendimento, Luís Gustava Cuadra de Almeida, o movimento para o turismo de montanha, que costuma crescer no período de temperaturas mais amenas, já começou.

“Com o Carnaval descolado das férias de janeiro e a Semana Santa ainda mais longe, as pessoas ganharam fôlego para viajar mais vezes. Isso é bom porque acaba emendando as temporadas de férias com inverno, sem um grande espaço entre a Semana Santa e o Corpus Christi”, avalia Almeida.

E na tricentenária Tiradentes, no Campo das Vertentes, o Solar da Ponte também deve ficar cheio, afirma o gerente-geral, Eduardo Haroldo. “Não digo 100% porque essa é uma meta difícil de ser alcançada, mas esse é um período de alta temporada e este ano tem sido de boa ocupação desde o início”, completa Haroldo.

O Tauá Hotels & Convention, com unidades em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e Araxá, no Alto Paranaíba – além de unidades em São Paulo e Brasília – prepara uma programação especial, já tradicional, para a data. A diretora comercial e de marketing da Rede Tauá, Lizete Ribeiro, diz que o principal desafio é ter sempre uma novidade para clientes que estão acostumados a frequentar, e em feriados prolongados lotar as unidades da rede.

“Esse ano sentimos uma mudança muito grande, com as pessoas se programando com antecedência. Isso é muito bom. Cerca de 70% dos nossos hóspedes estão repetindo a visita, então é uma grande responsabilidade oferecer uma programação que agrade e que traga novidades. Eu prefiro a Semana Santa mais longe de janeiro, assim as datas mais espalhadas permitem que as pessoas façam mais viagens. No segundo semestre, ao contrário, serão poucas datas e aí são os eventos corporativos que crescem, mantendo a ocupação”, afirma Lizete Ribeiro.

Capital – Se no interior o clima é de animação total, em Belo Horizonte o otimismo existe, mas é bem mais comedido. A cidade, que não tem um grande apelo religioso, serve, muitas vezes, como um ponto de apoio para os turistas visitarem as cidades do entorno.

O BHB (Belo Horizonte Business Hotel), instalado no bairro União, na região Nordeste, deve ter ocupação entre 60% e 70% durante a Semana Santa, afirma o diretor operacional do empreendimento, Diogo Paixão. Esse resultado é bastante comemorado, já que há dois anos a taxa não passava de 40%.

“Quando a economia começa a melhorar, o reflexo na hotelaria acontece, especialmente em uma cidade como Belo Horizonte, ainda muito dependente do turismo de negócios. Já fechamos dois grupos para o período e temos outros em negociação. Normalmente os turistas querem conhecer as cidades históricas, o Inhotim, em Brumadinho (RMBH), e usam Belo Horizonte como base, dedicando um dia para conhecer os atrativos da Capital. Todo feriado é bom para divulgarmos a cidade e a marca e, para isso, apostamos em promoções”, afirma Paixão.

Já a rede Bristol aposta em resultados ainda melhores, que podem chegar bem próximos da lotação completa. De acordo com a gerente de CRM da Bristol, Marcela Saar, os feriados prolongados têm oferecido boas oportunidades para a rede hoteleira da Capital.

“Já temos uma previsão de 70% para sexta-feira e o sábado, sendo que a maioria das pessoas faz o check-out no domingo. Fizemos um trabalho de promoção com mais antecedência e o afastamento da data do fim das férias de verão e o fato de o primeiro de maio ter caído numa quarta-feira, o que impede que muitos emendem o feriado, também ajudou. Então as pessoas estão viajando porque a próxima boa oportunidade será apenas em junho, no Corpus Christi”, analisa Marcela Saar.

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