Liberação de saques do FGTS pode chegar a R$ 30 bilhões neste ano

24 de julho de 2019 às 0h10

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Paulo Guedes afirma que serão liberados recursos da ordem de R$ 42 bi até o próximo ano - Crédito: REUTERS/Adriano Machado

Brasília – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve ficar em torno de R$ 30 bilhões neste ano, chegando a R$ 12 bilhões no ano que vem, abarcando tanto contas ativas quanto inativas.

As regras para os saques dos recursos serão anunciadas nesta quarta-feira, numa investida concebida pelo governo para injetar algum ânimo à economia. Mais cedo neste mês, a equipe econômica cortou pela metade sua previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, a 0,81%.

“Eu tinha falado um mês ou dois atrás que ia ser em torno de R$ 42 (bilhões). Vai ser isso mesmo. Deve ser uns R$ 30 bilhões esse ano, uns R$ 12 bilhões no ano que vem. São os R$ 42 bilhões que eu tinha falado, só que vocês vão ver que há novidades, há coisas interessantes”, afirmou Guedes, após participar de cerimônia do Novo Mercado de Gás no Palácio do Planalto.

“O governo passado soltou só (contas) inativas. Nós vamos soltar ativas e inativas. Eles soltaram uma vez só. Nós vamos soltar para sempre. Todo ano vai ter”, completou.

Durante seu discurso no evento, Guedes havia dito que o anúncio envolvendo os recursos do FGTS representará “mais um choque de oferta, desta vez no mercado de trabalho”.

O ministro foi questionado sobre eventual limitação do saque do FGTS a R$ 500 em 2019, mas não respondeu.

Segundo uma fonte do governo com conhecimento do assunto, o estabelecimento de um valor máximo de R$ 500 por conta neste ano “é uma proposta”, com o governo introduzindo o saque aniversário a partir do ano que vem, obedecendo a um percentual segundo faixa de valor em conta.

Choque de energia – Sobre as medidas do governo para baratear o preço do gás, Guedes afirmou ontem que o preço entregue para distribuidoras no País deve cair para pelo menos 7 a 8 dólares por milhão de BTUs, ante valor atual acima de US$ 10, que foi citado mais cedo pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Guedes afirmou que “gente muito boa” estima que, com as medidas adotadas pelo governo, a queda no preço do gás natural pode chegar a 40% em dois anos.

O ministro disse ainda que há certeza que haverá recuo nos preços, mas ressaltou não saber se essa diminuição será de “20%, 30%, 40% ou mais”.

Para Guedes, esse barateamento também ajudará a impulsionar a economia, permitindo uma espécie de reindustrialização da economia brasileira.

“O gás natural é insumo para petroquímica, para petróleo, para plástico. Então se nós conseguirmos realmente derrubar esses 40%, estima-se uma possível reindustrialização que pode chegar a até 8% do PIB em até 10 anos após essa queda no preço da energia”, disse ele a jornalistas. (Reuters)

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