Reforma da Previdência: Maia afirma que aprovação será vitória do Parlamento

9 de julho de 2019 às 0h04

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Crédito: Luis Macedo/Agência Câmara

Brasília – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reiterou ontem a confiança na aprovação da reforma da Previdência no plenário da Casa nesta semana, e disse que será uma vitória construída pelo Parlamento e não pelo governo, de quem cobrou medidas para fortalecer a economia.

Segundo Maia, a Câmara já tem hoje os 308 votos necessários entre os 513 deputados para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma previdenciária e caminha para ter mais votos até a votação em primeiro turno, prevista para esta terça-feira.

“A construção do texto foi uma construção parlamentar, e a construção da vitória, se ela acontecer, será uma construção do Parlamento, não será uma construção do governo”, disse Maia em podcast semanal.

“O governo ajuda, o governo em alguns momentos atrapalhou, mas tem ajudado nas últimas semanas, mas precisa ficar claro nesse processo, exatamente para que os deputados tenham o conforto para votar, que o resultado dessa semana será o resultado do esforço, do trabalho, da dedicação de cada deputado e de cada deputada”, acrescentou.

O desafio para o sucesso da votação agora, segundo o presidente da Câmara, é mobilizar os deputados para garantir a presença do maior número de parlamentares para votar.

Maia disse que tem uma reunião com líderes nesta segunda-feira e pretende realizar a discussão da matéria no plenário da Câmara ao longo de toda a terça-feira, de forma a iniciar a votação no fim da tarde ou início da noite.

“Precisamos de presença. O ideal é que a gente tenha presença de mais de 490 para que a gente não tenha riscos no resultado dessa votação que é tão importante para o Brasil”, afirmou.

Maia também cobrou o Executivo a “retomar o protagonismo” na agenda econômica para criar empregos, e defendeu uma redução de juros depois que a reforma da Previdência for aprovada pelo Congresso.

“Esperamos que no momento seguinte, já no 2º semestre, a gente já possa ver redução de juros, porque redução de juros ativa a economia. Que a gente possa ver propostas para a retomada mais rápida da geração de emprego, que a gente possa ver propostas de aumento da competitividade e, principalmente, aumento da produtividade do setor privado brasileiro”, afirmou.

Destaque – A insistência entre alguns integrantes do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para alterar o texto da reforma da Previdência e flexibilizar regras para forças de segurança pode comprometer a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nesta semana, disse o líder do Solidariedade na Câmara, Augusto Coutinho (PE).

Em rápida entrevista a jornalistas após participar de reunião com líderes na residência oficial do presidente da Câmara, Coutinho disse que parte dos deputados do partido do presidente Jair Bolsonaro ainda defende esse destaque, mas que a posição do governo é de que Bolsonaro não quer colocar em risco a votação da reforma de modo algum.

Também presente ao encontro, o líder do Podemos, José Nelto (GO), disse que o governo precisa entrar em campo e garantir os votos do PSL para a reforma. (Reuters)

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