Usiminas investirá R$ 1 bilhão na reforma do alto-forno 3

16 de fevereiro de 2019 às 0h15

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A Usiminas contabilizou um crescimento de 163% no lucro líquido no ano passado, que alcançou R$ 829 milhões - Foto: Usiminas/Divulgação

Prevista para ocorrer entre 2021 e 2022, tamanha será a reforma do alto-forno 3, o de maior capacidade produtiva da planta industrial de Ipatinga, no Vale do Aço, da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), que vai consumir aportes da ordem de R$ 1 bilhão. E a companhia já iniciou algumas etapas do processo de manutenção, que inclui compra dos equipamentos que serão substituídos e placas para substituir o gusa e o aço na produção, enquanto o alto-forno estiver desativado.

A informação é do presidente da Usiminas, Sergio Leite. Segundo ele, trata-se de uma operação normal de manutenção em uma usina siderúrgica. Mas, diante da magnitude do projeto e da capacidade do equipamento, o aporte é vultoso e serão necessários de 100 a 110 dias de paralisação das atividades.

“Já estamos trabalhado neste projeto e a data prevista para a manutenção é entre 2021 e 2022. Vamos ter praticamente a construção de novo alto-forno, com novas estruturas, refratários, que permitirá uma sobrevida de pelo menos mais 20 anos para o equipamento”, explicou.

Atualmente, a planta industrial de Ipatinga conta com 3 altos-fornos. Os equipamentos 1 e 2, juntos, produzem cerca de 4 mil toneladas de ferro-gusa por dia. Já o alto-forno 3 possui capacidade de produzir cerca de 7 mil toneladas de ferro-gusa diariamente.

No início do ano passado, a companhia reformou o alto-forno 1 da unidade sob investimentos de R$ 80 milhões. Na época, a reativação do equipamento levou a empresa à fabricação em plena carga. Antes, porém, a estrutura havia ficado parada por 34 meses, em virtude da crise vivida pelo setor no mercado internacional a partir de 2015 e o cenário recessivo brasileiro, quando tanto a siderurgia brasileira quanto a Usiminas viveram os maiores desafios de suas histórias, devido à queda na demanda por aços planos.

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Parada programada – No final de 2018, a companhia realizou uma parada programada no alto-forno 3 para manutenção e substituição de staves. Este procedimento é adotado de tempos em tempos para realizar reparos no interior do equipamento para manutenção da segurança operacional e dos níveis de produção.

Ainda no exercício passado, uma fonte da área siderúrgica que pediu para não ser identificada, alertou para a necessidade de uma intervenção maior na estrutura, como a troca dos refratários do equipamento, pois as últimas manutenções ocorreram em 1999. “A vida útil de um alto-forno não pode passar de 20 anos. E o que diz muito sobre sua manutenção ou troca é não somente sua utilização, mas o material refratário e até o tipo do minério que é transformado”, explicou, na época, dizendo que obra deste porte custaria mais alguns milhões de reais para a empresa.

Ainda conforme a fonte, pelo tamanho da operação e custo, a reforma teria que ser muito bem articulada, discutida e preparada não somente pela diretoria da empresa, mas também pelo Conselho de Administração e até mesmo pelos acionistas.

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