Dólar fecha sexta-feira em alta, mas não evita queda na semana

São Paulo – O dólar terminou a sexta-feira (21) em alta, pressionado pelo menor apetite por risco de investidores no exterior diante da possibilidade de uma paralisação parcial do governo norte-americano, mas acumulou leve queda na semana, marcada por três atuações do Banco Central no mercado de câmbio.
No dia, o dólar avançou 1,15%, a R$ 3,8965 na venda, sob influência direta do exterior, onde as bolsas de valores recuaram e investidores compravam títulos do Tesouro dos Estados Unidos (EUA) em meio à disputa entre o presidente Donald Trump e republicanos, de um lado, e democratas, do outro, sobre dinheiro para construção de um muro na fronteira com o México.
Na mínima do dia, o dólar foi a R$ 3,8443 e na máxima, a R$ 3,9005.
A moeda norte-americana recuou 0,21% ante o real na última semana antes do Natal, após sete semanas consecutivas de altas embaladas por preocupações econômicas e geopolíticas no exterior, desde as negociações do Brexit e Orçamento da Itália à guerra comercial EUA-China.
Leilões – Foi nesta semana que o Banco Central realizou três leilões de venda de dólares com compromisso de recompra da moeda, de um total de cinco feitos em dezembro, com o objetivo de fornecer liquidez ao mercado durante o período de fim de ano, totalizando a oferta de US$ 3 bilhões.
“Com o BC entrando com leilão de linha novamente e estabelecendo teto para o dólar por aqui, a tendência é não estourar para cima”, disse Ricardo Gomes da Silva Filho, operador de câmbio da Correparti Corretora.
O financiamento de agências governamentais dos Estados Unidos corre o risco de ser interrompido por uma disputa orçamentária envolvendo o presidente Donald Trump e republicanos da Câmara dos Deputados contra democratas, devido à aprovação de recursos para construção de um muro na fronteira com o México.
Na sexta-feira, o BC realizou mais um leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, no valor de US$ 1 bilhão, com o objetivo de prover liquidez aos agentes durante tradicional período de saída de recursos do País no fim do ano.
A autoridade monetária fez também na sessão o último leilão de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, vendendo integralmente a oferta de 13,835 mil contratos e rolando integralmente o total de US$ 10,373 bilhões que vencem em janeiro. (Reuters)
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