Economia

Taxa de desemprego do País recua para 11,6%

Taxa de desemprego do País recua para 11,6%
No trimestre até novembro, segundo pesquisa, o número de desempregados desacelerou a 12,206 milhões - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasil.

São Paulo – O número de desempregados no Brasil chegou a pouco mais de 12 milhões no trimestre encerrado em novembro, com a oitava queda seguida da taxa de desemprego, dando continuidade a uma recuperação lenta do mercado de trabalho e pela informalidade recorde.

A taxa de desemprego do Brasil atingiu 11,6% nos três meses até novembro, de 11,7% no trimestre até outubro, porém, em um cenário marcado também pelo desalento dos trabalhadores.

O dado, que consta da Pnad Contínua e foi apresentado na sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou levemente acima da expectativa medida em pesquisa da Reuters de uma taxa de 11,5% no período.

No trimestre até novembro, o número de desempregados no Brasil caiu a 12,206 milhões, contra 12,351 milhões no trimestre até outubro e 12,571 milhões no mesmo período do ano passado.

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Desalentados – O número de desalentados nesse período, ou a quantidade de trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga, permaneceu alto, embora tenha mostrado redução a 4,705 milhões de 4,733 milhões no trimestre até outubro.

Em uma economia que caminha sem fôlego expressivo, o trabalho formal continua em degradação e, de acordo com o IBGE, a informalidade atingiu no trimestre até novembro nível recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, em meio a fatores como a falta de estabilidade, o rendimento baixo e a falta de segurança previdenciária.

O emprego com carteira assinada registrou queda de 0,8% em relação aos três meses até novembro de 2017, a 32,962 milhões de pessoas.
Por sua vez, o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado foi a 11,689 milhões, o que representa um aumento de 4,7% na comparação com o ano passado.

“Desde o segundo trimestre de 2018, percebeu-se queda significativa da desocupação, o que seria uma notícia excelente não fosse o fato de ela vir acompanhada por informalidade. Ou seja, em termos de qualidade, há uma falha nesse processo de recuperação”, afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo.

O IBGE apontou ainda que o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.238 no trimestre até novembro, contra R$ 2.235 nos três meses até outubro e também R$ 2.235 no mesmo período de 2017.

Em novembro, o Brasil registrou criação líquida de 58.664 vagas formais de emprego, no melhor dado para o mês desde 2010, de acordo com números do Ministério do Trabalho. (Reuters)

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