Economia

Ibovespa fecha em queda de 0,2% após feriado puxado pelas blue chips

São Paulo – O Ibovespa encerrou em leve queda ontem, na volta do fim de semana prolongado em São Paulo, descolado do viés positivo em praças acionárias no exterior, com as ações blue chips entre as maiores pressões de baixa. No fechamento, o principal índice de ações da B3 caiu 0,2%, a 74.862 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$ 10,7 bilhões. No melhor momento, o Ibovespa subiu 1,18%, ajudado pelo cenário exterior favorável e ajustes ao movimento positivo de ADRs brasileiros (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) na segunda-feira (9), quando a B3 ficou fechada pelo feriado no estado de São Paulo. Na visão do operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez, o mercado está sem uma direção firme, com fluxo mais fraco dado o começo das férias no hemisfério norte, mas também um noticiário misto no exterior, além das incertezas políticas no Brasil. Para estrategistas do UBS, o viés ainda é de cautela. “Fluxos locais de renda fixa para renda variável que deram suporte ao Ibovespa no início deste ano podem continuar a se reverter”, escreveram em nota a clientes. Wall Street sustentou os ganhos, com o S&P 500 alcançando máxima desde 1º de fevereiro, com resultados fortes da PepsiCo gerando otimismo para a temporada de balanços nos Estados Unidos. Pregão – A Vale fechou com variação negativa de 1,61%, em sessão em que os preços do minério de ferro à vista na China ficaram praticamente estáveis. O Bradesco PN recuou 1,31%, pesando no Ibovespa em razão da relevante fatia que detém no índice. Itaú Unibanco PN subiu 0,26%. A Braskem subiu 6,58%, liderando as altas do Ibovespa, em meio a expectativas sobre a venda da participação da Odebrecht na petroquímica. O jornal Valor Econômico informou ontem que acordo de venda para o grupo LyondellBasell, sediado na Holanda, deve ser assinado até meados de outubro e que a Braskem pode ser avaliada em R$ 55 bilhões, sendo mais de R$ 21 bilhões pela parte da Odebrecht. Petrobras PN e ON recuaram 1,39% e 0,15%, revertendo ganhos da abertura, apesar da alta dos preços do petróleo, com o noticiário incluindo possível parceria com a francesa Total. Na segunda-feira, quando a B3 não abriu, os ADRs das ações preferenciais e ordinárias da empresa subiram 2,8% e 2,6%, respectivamente. Eletrobras PNB e ON caíram 1,66% e 2,75%, respectivamente. Na segunda-feira, a Justiça Federal do Rio de Janeiro concedeu liminar para suspender edital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que visa contratar empresas para fazer avaliação da Eletrobras e modelagem da privatização. Os papéis da Suzano recuaram 5,11%, com o declínio do dólar ante o real abrindo espaço para uma realização de lucros nas ações da fabricante de papel e celulose, que, em 2018, acumulam valorização superior a 130%. (Reuters)

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