Saldo da balança comercial em Minas cai 24,2% no 1º semestre

10 de julho de 2018 às 0h00

O comércio exterior de Minas Gerais na primeira metade do ano ficou marcado pela queda das exportações (-12,3%) e pelo aumento das importações (19,2%) na comparação com os mesmos meses de 2017. Com isso, o saldo da balança comercial (exportações – importações) permaneceu positivo, mas caiu 24,2% para o período. As exportações caíram, principalmente, por menos remessas de minério de ferro e café ao exterior, principais produtos da pauta de exportações do Estado, com participação de 38,2%, juntos. Já as importações foram alavancadas pela entrada de automóveis da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Com base nos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), as exportações estaduais somaram US$ 11,531 bilhões no primeiro semestre, contra US$ 13,157 bilhões em iguais meses de 2017, queda de 12,3%. A retração reflete, em especial, as menores vendas externas do minério de ferro (-36,5%) e do café (-18,4%). As vendas externas de minério de ferro na primeira metade do ano totalizaram US$ 3,031 bilhões, contra US$ 4,779 bilhões no mesmo intervalo de 2017, recuo de 36,5%. O Estado embarcou praticamente 27 milhões de toneladas a menos em 2018. Ainda assim, o minério continua como principal produto da pauta de exportações, com participação de 26,2%. As exportações de café também caíram em volume e receita. O Estado embarcou 10,4% a menos em quantidade no acumulado até junho em relação aos mesmos meses de 2017. As remessas do grão ao mercado externo renderam US$ 1,377 bilhão ante US$ 1,688 bilhão, queda de 18,4%, em igual comparação. Na contramão do minério de ferro e do café, as exportações de soja e do ferronióbio entre janeiro e junho cresceram de 43% e 31,4%, respectivamente, em relação ao mesmo intervalo de 2017. Os embarques de ouro reduziram em 10,9%. As importações estaduais somaram US$ 4,279 bilhões no primeiro semestre, 19,2% de crescimento em comparação com os mesmos meses de 2017, quando as compras externas do Estado foram de US$ 3,590 bilhões. O produto mais comprado por Minas no mercado externo foi a hulha betuminosa, o carvão mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no território mineiro, com participação de 7,8% nos desembarques do período. Porém, foi a importação de veículos, praticamente toda pela FCA, com salto de 633,3%, que impulsionou as compras externas de Minas. Considerando automóveis de 1 mil a 3 mil cilindradas, os desembarques somaram US$ 341 milhões de janeiro a junho sobre US$ 46,5 milhões no mesmo período de 2017. Com o aumento das importações (19,2%) e queda das exportações (-12,3%), o saldo da balança comercial de Minas Gerais permaneceu positivo em US$ 7,252 bilhões entre janeiro e junho, mas caiu 24,2% em relação ao resultado, também positivo, dos mesmos meses de 2017, que foi de US$ 9,567 bilhões.

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