Vendas de aço plano cresceram 51,5% no mercado brasileiro

18 de julho de 2018 às 0h00

As vendas de aços planos no mercado brasileiro saltaram 51,5% em junho na comparação com maio. Frente ao mesmo mês de 2017, o aumento foi de 37,8%. Os crescimentos são atribuídos à greve dos caminhoneiros, que praticamente parou o segmento na última semana de maio, e também à antecipação de compras devido ao iminente aumento de preços de 10% a 15% no preço do aço plano nas usinas, que deveria ter acontecido no final de junho, mas devido à paralisação do abastecimento do País, foi reprogramado para acontecer entre 20 julho de 10 de agosto. “Prevíamos um crescimento de 20% em junho sobre maio porque ficamos uma semana parados por causa da greve dos caminhoneiros. Imaginamos que teríamos uma recuperação, mas as usinas tinham anunciado um reajuste para junho, o que não aconteceu justamente por causa da greve. O reajuste foi adiado para uma data entre 20 de julho e 10 agosto e isso motivou os clientes a anteciparem as compras, favorecendo as vendas de junho”, explicou o superintendente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Gilson Santos Bertozzo. A venda de aços planos pela rede de distribuição somou 307,4 mil toneladas em junho contra 203 mil toneladas em maio, alta de 51,5%. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 223,2 mil toneladas, o aumento foi de 37,8%, conforme os dados do Inda. A compra de aços planos pela rede de distribuição aumentou 20,7% em junho ante maio, chegando ao volume total de 270,8 mil toneladas. Em relação às compras de idêntico mês de 2017, o crescimento foi de 17,9%. Para julho, o Inda projeta quedas de aproximadamente 15% tanto para as compras quanto para as vendas. No primeiro semestre, as vendas de aços planos da rede de distribuição aumentaram 7,7% em relação ao mesmo período de 2017. No entanto, o superintendente do Inda afirmou que 2018 deve ter uma primeira metade do exercício mais forte que a segunda, o contrário do que aconteceu em 2017. As eleições presidenciais e a carência de obras de infraestrutura são os principais motivos para essa expectativa, segundo Bertozzo. “Devemos encerrar 2018 com um crescimento nas vendas do setor de distribuição entre 5% e 7%. A projeção é fechar este exercício com percentual de crescimento de vendas 2% acima do resultado das compras, o que vai ajudar o segmento a equalizar os estoques”, disse Bertozzo. Os estoques de junho sofreram queda de 3,9% em relação ao mês anterior e atingiram o volume de 910,6 mil toneladas. O giro dos estoques também registrou retração, fechando junho em 3 meses. As importações de aços planos encerraram junho com uma alta de 15,4% em relação ao mês anterior, com a entrada de 127,6 mil toneladas do produto no mercado nacional. Na comparação com o mesmo mês de 2017 (102,4 mil toneladas), ao contrário, houve aumento de 24,6%. “Temos que levar em consideração que essas compras externas foram feitas com base nas expectativas de três meses atrás, uma vez que a importação é uma operação mais longa do fabricante até o cliente”, disse. Frete – Bertozzo criticou o tabelamento de fretes no transporte rodoviário, adotado pelo governo federal desde a greve dos caminhoneiros. “Tem associado com impacto entre 3% e 5% no preço final de venda do aço plano em função desse tabelamento de frete vigorando hoje no mercado. Estamos nos posicionamento para sensibilizar o governo que este tipo de procedimento é nocivo pra ao mercado”, argumentou.

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