EDITORIAL | Bons motivos para confiar

24 de dezembro de 2019 às 0h02

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CREDITO: ERIC GONÇALVES

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) enxerga no horizonte dias melhores para a economia brasileira. Vê bons motivos para que 2020 comece com otimismo, esperando que a expansão do setor industrial chegue aos 2,8%, ajudando a alavancar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com índice projetado de 2,5%, a melhor estimativa até agora para o ano que está para começar. Mesmo para os que consideram este número ainda modesto, face ao saldo negativo acumulado nos últimos anos, caberia lembrar que, se confirmado, será mais que o dobro do crescimento esperado para o ano que está terminando.

Para a CNI, somente a expectativa de um ambiente mais favorável para os negócios é elemento bastante para alavancar o crescimento esperado e num contexto em que, apontam estudiosos, já é possível perceber sinais de que estaria se iniciando no País um ciclo de reindustrialização. E tudo isso, no entendimento desses analistas, como resultado da aprovação de medidas como a reforma da Previdência e aquelas contidas na chamada Lei da Liberdade Econômica. Bons sinais, porém, ainda distantes do fim da pauta de reformas, passando por mudanças “amplas e irrestritas” na esfera tributária, conforme aponta o presidente da CNI, Robson de Andrade, assunto que, no entanto, não acredita que possa ser concluído no decorrer do próximo ano. Também é reclamado o andamento das reformas microeconômicas que melhorem o ambiente para investimentos e negócios, a qualificação dos trabalhadores e a produtividade.

Os avanços nessa agenda, tal como esperado, tem para a CNI como significado mais relevante a expansão da oferta de empregos, com consequente redução no atual nível de desemprego, que poderá cair para 11,3% no próximo ano. Também são colocadas num viés de confiança para o IPCA (3,7%) e para a taxa nominal de juros (4,5%). Nesse caso permanece, porém, o desafio de reduzir o custo de capital para as empresas, que não tem acompanhado a escala descendente da taxa Selic.

Preocupam também as questões comerciais no cenário externo, que podem ser desfavoráveis a produtos brasileiros, além de perturbações políticas que podem impactar o crescimento da economia mundial, com reflexos indesejáveis também deste lado do oceano.

Tudo isso, em conclusão, recomenda que se acelere o ritmo de transformações na economia, com prioridade na questão tributária, vista como o grande entrave ao crescimento. No mais, é torcer para que perturbações politicas não venham a modificar o cenário inaginado.

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